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SATHYA SAI BABA

Até o ano de 2011 viveu na Índia um homem cujas ações e lições, cuja vida e obra, o impuseram à adoração de milhões de pessoas em todo mundo. Cientistas, juristas, empresários, políticos, artistas, educadores, bem como pessoas simples, são devotos de Sathya Sai Baba, e o reverenciaram como Deus em forma humana. Seus milagres desafiam as explicações dos cientistas. Tem demonstrado onipresença, onisciência e onipotência. Não propôs uma nova religião, mas a transformação da humanidade, continuando cada um a cultuar a Divindade de sua escolha ou tradição. Seu amor, sua compaixão, sua caridade, suas bênçãos, seus milagres, suas palavras sábias vêm transmutando milhões de existências em todos os continentes até hoje.

Mensagem Divina aos Fiéis Ocidentais no Mandir de Prashanti Nilayam, em 5 de Agosto de 1988.

“ Encarnações do Amor Divino,

A transformação do homem é a base da transformação do mundo. Quando o homem se tornar bom, o mundo se torna igualmente bom. Quando o comportamento do homem se torna exemplar, a sociedade se torna perfeita. Por isso, se quereis que o mundo seja pacífico e próspero, a primeira coisa que deveis fazer é mudar o indivíduo. Qual é a causa das guerras e da miséria que grassam hoje no mundo? A causa é que a conduta do homem não é exemplar e que o homem não leva uma vida justa. O que é um homem verdadeiro? Dizem que o homem é o fruto da Unidade. Isso significa que aí deve haver unidade de pensamento, de palavra e de ação. Para alcançar essa unidade, deveis ganhar a graça de Deus que reside em vós. Deus é uma força poderosa, presente em todos os seres, em todas as coisas e em todas as partes. Escutando isso, poderíeis pensar: se Deus é onipresente e está em todos os seres, como é possível que não sejamos capazes de vê-lo? Para vos ajudar a esclarecer essa dúvida, eis um pequeno exemplo:

Nesse momento, podeis gravar a voz de Swami utilizando um gravador. Mas se vos puserdes a olhar o gravador, não ouvireis nada. Mesmo que cortásseis o fio em vários pedaços, não ouvireis as palavras de Swami. Contudo, bastaria ligar o gravador a corrente elétrica e apertar o botão de funcionamento do aparelho para ouvir a minha voz. Da mesma maneira, Deus reside em vosso corpo. Mas se vos limitardes a procurá-lo fisicamente em vosso corpo e mesmo que corteis o vosso corpo em pedaços, sereis incapazes de encontrar Deus.

Só quando virardes vosso mental para Deus e o unirdes à corrente divina, somente então vós sereis capazes de viver a experiência de Deus.

Por essa razão, o Vedanta declara que o mental é a chave, quer dos apegos, quer da libertação do homem.

Aqui, vemos uma porta e nessa porta uma fechadura. Se introduzirdes a chave apropriada na fechadura e a girardes para esquerda, a porta se abrirá; se a girardes para direita, a porta se fechará. A fechadura é a mesma e a chave também. Mas que a fechadura se abra ou se feche, basta mudar o sentido de rotação da chave.

Vosso coração espiritual é a fechadura e o mental é a chave. Se girardes vosso mental para Deus, obtereis o desapego e vossa fechadura espiritual se abrirá. Se, inversamente, girardes vosso mental para o mundo, obtereis cada vez mais apegos e a fechadura se fechará. Atualmente, vosso mental se ocupa das coisas do mundo e, por essa razão, a fechadura de vosso coração espiritual continua fechada. Estais apegados aos vínculos do mundo e não viveis em paz.

Vós correis para cá de todas as partes do mundo e dizeis a Swami: ‘Eu quero a paz’. Mas a paz não existe nas coisas do mundo. A paz só pode encontrar-se dentro de nós mesmos. ‘Eu quero a paz’ é uma frase de três palavras. ‘Eu’ representa o ego, e ‘quero’ representa do desejo. Se eliminardes essas duas palavras, obtereis a paz.

Ocultastes a paz sob vosso ego e desejos. A primeira coisa que tendes a fazer é eliminar vosso ego. Qual é a razão de ser do ego? A verdade é que ele não tem nenhuma razão de ser. O ego nasce da ignorância. Olhai vosso corpo. Se o comparais com a vastidão do universo, não sois nada além do que pequenas pessoas. Como podeis sentir-vos grandes num universo tão imenso? Nações como a Itália, a Austrália, os Estados Unidos são insignificantes no mapa do universo. Quando se vê a terra do espaço, a Austrália não é nada mais do que um pontinho. E como a Austrália, vede como vossa cidade natal é pequena! Vede também a que ponto sois vós mesmos pequenos em vossa cidade natal! Que uma pessoa tão pequena possa sentir-se arrogante na imensidão do universo não é nada além de orgulho e de egoísmo. Qual é, então, a razão de ser do ego?

Sois orgulhoso de vosso corpo? O corpo não é permanente. O corpo é uma bolha de água. A vida pode abandonar o corpo a qualquer momento. Há alguma razão que deva tornar-vos orgulhosos de vossas riquezas? Estas tampouco são permanentes. São como nuvens que passam, que vão e vêm. Vós vos sentis orgulhosos de vosso mental? O mental é um macaco louco. Não tendes controle algum sobre ele, absolutamente controle algum. Se é assim, por que saís egoístas? Não existe nenhuma razão verdadeira; por isso, a primeira coisa a fazer é destruir vosso ego.

Agora, levemos em consideração vossos desejos. Se tendes fome e quereis comer, o fazeis e vosso apetite fica satisfeito durante aproximadamente duas horas. Depois, tereis fome novamente.

Dessa maneira, passais continuamente da satisfação à insatisfação, e da insatisfação à satisfação, de modo que não existe paz verdadeira. Quanto mais aumentais vossos desejos, menos obtendes paz verdadeira. Vindes a Prashanti e dizeis: ‘Eu quero um marido’, ou ‘Eu quero uma mulher’. Esse tipo de desejo também é próprio dos animais. Como sois vós na condição de ser humano? Sois melhores do que os asnos e do que os macacos? Todos os desejos conduzem somente a gratificações momentâneas.

A vida humana é extremamente preciosa. Se quereis atingir o objetivo para o qual nascestes, então deveis estar dispostos a sacrificar até mesmo a vossa própria vida, se necessário, para atingir esse objetivo.

A transformação da humanidade não se obterá somente mudando o ambiente exterior no qual viveis. A vida humana não será transformada somente graças a algumas mudanças políticas ou econômicas, ou científicas e tecnológicas, ou graças a mudanças sociais. Somente quando se produzirem profundas mudanças no mental e no espírito do indivíduo, de cada indivíduo, além das mudanças citadas supra, somente então se produzirá a transformação da humanidade.

Sem a transformação do mental, não podereis ter a paz. A riqueza não pode dar-vos a paz. Todos os vossos parentes e amigos não poderão dar-vos a paz. As coisas materiais não podem dar-vos a paz. Algumas almofadas confortáveis e o ar condicionado tampouco vos darão a paz.

Se quereis a paz do mental, vós a obtereis pensando em Deus e contemplando-o. Deveis procurar os instrumentos que permitem pôr em prática essa constante contemplação de Deus.

Há diferentes tipos de conhecimento. O primeiro é o conhecimento que provém dos livros. Deveríeis ler diligentemente e compreender o que está escrito nos livros. Dos livros obtereis muitos conhecimentos. Mas esse conhecimento é apenas superficial.

A esse conhecimento deveis acrescentar o poder da discriminação, para ter o poder de discernir.

Em qualquer situação que vos encontreis, antes de realizar qualquer ação que seja, deveis perguntar-vos: isso é bom ou mal? Isso é justo ou injusto? E é somente depois disso que deves decidir.

Não seguis as impulsões do mental. O mental é como um macaco louco. Não deveis permitir que o mental comporte-se como bem lhe aprouver.

Antes de empreender qualquer ação que seja, utilizai vosso intelecto para examinar se a ação em questão é justa ou errônea, se é apropriada ou não. Quando a tiverdes examinado graças ao poder de discriminação, vossa consciência deverá aprová-la. Quando vossa consciência der-vos seu visto, então podereis cumprir a ação. Mas não empreendeis nenhuma ação sem usar antes o vosso poder de discriminação e sem ter a indicação e a diretiva de vossa consciência.

Além dos conhecimentos dos livros e do conhecimento que procede do poder de discriminar, tereis igualmente necessidade do conhecimento do mundo.

Há muitas pessoas educadas que leram muito. Elas têm o conhecimento superficial dos livros e poderiam igualmente ter o poder de discriminação. Mas não têm um conhecimento geral das coisas, não têm senso comum.

Por isso o conhecimento geral das coisas é muito importante. Contudo, o mais importante de todos os tipos de conhecimento é aquele obtido graças à experiência direta. Esse conhecimento prático é descrito no Vedanta, dividido em três níveis:

– JNATUM (conhecer)

– DRASHTUM (ver)

– PRAVESTUM (entrar dentro, fundir-se).

Eis um exemplo para ilustrar esses três níveis:

Imaginemos que gostais de batatas. Ides ao mercado diferentes vezes, mas não as encontrais. Mais tarde, um dia, um amigo se aproxima de vós e vos diz que agora chegaram batatas ao mercado e, assim que ouvis isso vós sentis uma certa alegria. Mas vosso desejo de comer batatas ainda não foi satisfeito. Ouvir que as batatas chegaram ao mercado não é suficiente. Jnatum significa ter a notícia da chegada das batatas.

Ides imediatamente ao mercado e comprais algumas batatas. Assim que as comprais e as tendes em mãos vós sentis uma alegria maior. A visão das batatas e saber que elas são agora vossas dão-vos um certo prazer. É o prazer de Drashtum, ou seja, a visão direita do que gostais. Mas isso tampouco é suficiente para vos encher plenamente de felicidade.

É quando levais as batatas para casa e quando as comeis, é somente então, que sentis uma felicidade plena. Isso é Pravestum.

Portanto, quando ouvis falar ou tendes conhecimento do que cobiçais, trata-se de Janatum. Quando o vedes e tendes uma experiência mesmo indireta disso, trata-se de Drashtum. E quando finalmente chegais a consumir e a ter uma experiência direta da coisa, convertendo-vos em UM com Isso, trata-se de Pravestum.

Ouvistes todos falar de Sai Baba nos livros ou por amigos ou fiéis. Isso é Janatum – no momento em que ouvis falar de Sai Baba, desenvolveis um desejo intenso: ‘Eu desejo ir à Índia, eu desejo ver Sai Baba e falar com ele’. Vindes a Puttaparthi e tendes o darshan (visão) de Sai Baba. Vedes Sai Baba e Ele vos vê. Isso é Drashtum.

Obtendes a felicidade dessa visão, mas ainda não é a felicidade completa. Só depois de Sai Baba vos chamar para uma entrevista, de vos falar e de responder a vossas dúvidas, ajudando-vos em vossos problemas, é somente então que vivereis no Pravestum e sereis completamente felizes.

Assim, os três níveis são: ouvir falar de Sai Baba e conhecer Sai Baba, vir e ver Sai Baba, e enfim ter a experiência do encontro cheio de amor com Sai Baba. Esse é o segredo do Vedanta.

Quando vós vos perguntardes: ‘Por que vim à Índia?’, a resposta será: ‘Vim para progredir espiritualmente’. Mas em seguida, deveis fazer-vos outra pergunta: ‘Tendo vindo aqui por motivos espirituais, estou eu seguindo realmente meus objetivos espirituais ou estou eu deixando-me distrair e cercar de muitas coisas mundanas?’

Para atingir o objetivo espiritual para o qual viestes aqui, só deveria haver um único caminho, uma única direção: uma relação direta entre Baba e vós, de coração a coração, de amor a amor. Concentrai-vos totalmente para desenvolver essa relação. Visto que viestes por razões espirituais, não vos perdeis em qualquer tipo de distrações ou em alguma atividade qualquer que não é necessária.

Estais atualmente cultivando relações com todo o tipo de pessoas. Isso prejudicará vosso progresso no caminho espiritual.

A primeira coisa que deveis fazer é evitar falar inutilmente. Falar demais não é bom.

Quando encontrardes alguém que conheceis, basta dizer-lhe: ‘Bom dia, como vai? Até logo!’ ou podeis também saudá-lo com um ‘Sai Ram’ e prosseguir caminho. Isso é suficiente.

Mas não é o que fazeis agora. Hoje, estabeleceis relações com todos. Alguns dentre vós vêm aqui sós e depois se cercam de vínculos e de relações. Primeiro nasce a amizade, em seguida começa uma relação mais intensa e finalmente vós vos tornais marido e mulher. Isso não é bem.

Viestes aqui para ver Swami. Não vos distrais para fora Dele. Cada coisa que fazeis aqui deveria ser dedicada ao aprofundamento de vossa relação com Swami.

Os centros espirituais como este aqui atraem centenas de pessoas, boas ou más. Alguns tentarão tornar-se vossos amigos e saber se tendes coisas de valor: anéis, relógios, gravadores, máquinas fotográficas, e tentarão, em seguida, roubá-las. Não vos mistureis com ninguém. Não desenvolveis novas relações. Pensai numa única relação, quer dizer, na vossa relação com Deus.

Swami muitas vezes repete o conselho seguinte para aqueles que viajam de trem: ‘menos bagagens dá mais conforto e faz das viagens um prazer’. Por isso, reduzi vossos desejos para que a viagem rumo a Sai se converta numa verdadeira alegria para vós.

Ser-vos-á difícil compreender Sai. Sai fala como uma pessoa normal e se move livremente entre vós, e vós vos podereis enganar pensando que Sai é um ser humano como os outros. Mas a coisa não é assim.

O universo inteiro está nas mãos de Sai. Sai pode transformar o mundo inteiro num segundo. Ouro, diamantes, tudo está nas mãos de Sai. Não compreendeis o fenômeno Sai. Olhai! (com um movimento da mão dele aparece um enorme diamante). E agora, ides ver como ele desaparece com um sopro. Tudo o que Swami quiser tem de acontecer. A verdadeira natureza da Divindade não pode ser compreendida por todos. Para isso, falta a fé. O primeiro passo para desenvolver a fé é a fé em si mesmo. Quando tivermos fé no ser autêntico, então obteremos a satisfação do “eu” verdadeiro.

A fé no ‘eu’ interior é fundamental. Sobre ela se constrói a morada da realização do Si… Somente quando estiverdes prontos para sacrificar plenamente vosso ‘eu’ inferior é que sereis capazes de entrar na morada da realização do verdadeiro ‘EU’. Por conseguinte, é de grande importância que estejais dispostos a sacrificar qualquer coisa por Deus.

Não percais um único minuto de vosso tempo. Se vos juntardes a um grupo, só falai de coisas boas e mantende vosso espírito e vossa conversa com Deus. Não faleis de coisas pessoais ou desta ou daquela pessoa. Nunca faleis mal de alguém. Deus existe em cada um de nós, quando falais mal de alguém, estais realmente falando mal do próprio Deus. O melhor é evitar falar com as pessoas e ficar em silêncio, imergidos em vós mesmos o maior tempo possível. Muitos dentre vós vieram de muito longe. Em vez de ficar nos limites de Prashanti Nilayam, ides passear fora do ashram, onde as vibrações são mundanas. Lá fora, podeis facilmente cercar-vos de más companhias e criar contatos que serão negativos para o vosso caminho espiritual.

Aproveitai ao máximo essa atmosfera espiritual, essa paz suprema e essas vibrações divinas concentradas em Prashanti Nilayam. Evitai as relações com as outras pessoas, especialmente com os desconhecidos. Fazei com que a única relação que desejais desenvolver seja a relação de amor entre Baba e vós.

Trata-se de uma relação direta. Baba não tem mensageiros. Desejai ardentemente essa relação direta, de coração a coração, que é a verdadeira devoção.

Ocasionalmente, tereis pensamentos negativos. Não deis atenção a esses pensamentos que atravessam o vosso mental. Tereis dificuldades somente se esses pensamentos forem seguidos de ação. Embora vos pareçam ser maus pensamentos, se mantiverdes o controle de vosso corpo, não haverá ações de que tereis de vos arrepender.

Não viestes aqui para perder tempo. Viestes aqui para levar uma vida sagrada e pura. Deveis garantir-vos uma vida sagrada, uma vida feliz, uma vida sã, uma vida pacífica. Concentrai-vos em Deus e todos os vossos desejos serão satisfeitos. Fazei vossa antiga prece védica: ‘Que todos os mundos sejam felizes!’ Fazei com que cada um, em qualquer parte do mundo, seja feliz… que, não somente as pessoas de vosso país, mas também todos no mundo inteiro sejam felizes. Esse mundo é como uma grande casa com muitos quartos. Os quartos podem ser distintos, mas a casa é a mesma.

Da mesma maneira, as nações são distintas, mas o mundo é UM. Nessa alegre casa do mundo, ajamos de modo que todas as pessoas se comportem como irmãos e irmãs. Esse é o significado do que a voz que vinha do céu disse a Jesus na cruz: ‘Vós sois todos Um, caro filho, sede um com todos’. Pode haver diferenças de local, de casta, de cor, de língua, de cultura, mas Deus é sempre Um.

Deveis sempre tender para essa idéia de Unidade. Existem vários tipos de doces. Todos esses doces têm nomes e formas distintas, mas o açúcar que eles contêm é o mesmo em todos. Esses doces não poderiam existir sem o açúcar.

As estrelas são numerosas, mas o céu é um. As jóias são numerosas, mas o ouro é um. Os seres são numerosos, mas o sopro vital é um. Por essa razão, vós sois todos filhos de Deus.

Não desenvolveis espíritos estreitos e não façais algazarra entre vós. Vivei em harmonia na fraternidade humana e na paternidade divina. Esse é o caminho espiritual que deveis seguir. Amor, Amor, Amor. O Amor é Deus. Vivei no Amor. Sem amor, vossa vida não tem sentido algum. Na realidade, sem Amor não poderíeis sequer existir.

Quando há a lua, não tendes necessidade de uma lâmpada ou de uma outra luz para vê-la. Vedes a lua graças à sua própria luz. Deus é a encarnação do amor. Podeis ver a encarnação do amor somente através do próprio amor. Nenhuma outra disciplina espiritual ou sadhana é necessária. Somente Amor, Amor, Amor. Fazei crescer o espírito de amor. Não há um Deus separado para os norte-americanos, para os italianos, e para os indianos. Deus existe para todos. Deus não faz diferenças. Todos os povos são Seus.

‘Eu vos pertenço e vós Me pertenceis. Sois todos Meus’. Essa é a relação de amor com Deus que deveríeis sempre sentir. Se ressentirdes esse amor, então não tereis necessidade de outras práticas, tais como o puja, o japa, a meditação, embora, entretanto, tais práticas vos ajudem a purificar o mental.

Olhai um pequeno fogo de madeira, do tipo que a gente usa geralmente para cozinhar. Se se abandona esse fogo a si próprio, ele se cobre de cinzas e se apaga. E de onde surgiu a cinza? Do próprio fogo. A cinza surgiu do fogo, cobre o fogo e o apaga. Assim que se assopra sobre a cinza, ela some e o fogo recomeça a queimar. Dentro de vós mesmos está o fogo do conhecimento. Tendo-o ignorado durante muito tempo, ele se recobriu das cinzas de Maya, a ilusão. Quando enunciais o nome de Deus, é como se um vento poderoso reavivasse o fogo e, assim, a ilusão ou Maya desaparece e o fogo do conhecimento queima de novo.

Estais sempre muito apegados às coisas do mundo. Todas as coisas do mundo são como nuvens passageiras que vão e vêm. Nada nesse mundo é permanente. Tudo não passa de nuvens passageiras e não de nuvens permanentes.

Por vezes, experimentais a dor, mas ela passa. A dor não é permanente. Não vos preocupeis com a dor. Não vos preocupeis com nada. A preocupação é um estado criado pelo mental. Mantende as preocupações distantes de vós e vivei a experiência da felicidade durável pensando o tempo todo em Deus.

Uma única e intensa prece fará desaparecer todos os vossos sofrimentos. Falai menos, fazei menos coisas, tende menos preocupações e concentrai-vos em Deus. Então sereis felizes.

O milagre maior de Sai é o amor. Não o ouro, os diamantes, os rubis, mas o Amor, o Amor, o Amor.

O Amor é o milagre maior de Sai. Com o Amor, Sai pode fazer tudo. Não vos deixeis impressionar por todas as coisas que Sai faz. Concentrai-vos somente no Amor de Swami. Assim que estiverdes seguros do Amor de Swami, podereis obter e fazer todas as coisas, ter saúde, riquezas, tudo.

Por isso, cultivai o Amor. O Amor é o tesouro maior que podeis ter. Não é necessário percorrer o mundo todo comprando coisas e gastando muito dinheiro. Ficai onde estais, fazei crescer em vós esse Amor divino que não é egoísta. Isso é em si a melhor penitência e a mais alta forma de adoração à qual podeis entregar-vos.

Dedicai-vos constantemente à purificação dos desejos e dos sentimentos. Alguns dentre vós gastam mal o dinheiro. Quando dais dinheiro a mendigos, mantendes a mendigagem. Isso é um mau uso do dinheiro. Utilizar mal o dinheiro é uma coisa demoníaca.

Se um mendigo tem fome, dai-lhe de comer, mas se lhe derdes dinheiro, o mendigo o gastará com bebida. Em vossa vida cotidiana, controlai sempre que estiverdes desperdiçando comida ou dinheiro.

Há quatro princípios que deveríeis ter sempre presentes no espírito e pôr em prática em vossa vida cotidiana. Não utilizeis mal vosso dinheiro. O dinheiro é um dom de Deus. Não desperdiceis os alimentos. Os alimentos são um dom de Deus. Não perdeis tempo. O tempo que vos foi dado é um dom de Deus. Não gasteis mal vossa energia. A energia também é um dom de Deus.

Falar demais, escutar demais os outros, entregar-se a atividades inúteis, tudo isso dispersa a energia que vos foi dada por Deus.

Se algum de vós diz alguma coisa que seja moralmente errônea ou que seja contrária à vossa maneira de pensar, deixai essa companhia. Quando ouvirdes algo de negativo, contrário a vossos princípios, abandonai o local. Ficando a escutar discursos negativos, vosso mental se contamina.

Não escuteis nada que seja mau. Evitai os contatos prejudiciais. Evitai as companhias perversas. Se permanecerdes livres de associações impuras, desenvolvereis um mental puro e um coração puro.

Mas se continuardes a ver coisas negativas, a falar mal, a pensar mal, a sentir mal, a agir mal, então como podereis evitar de vos transformar em mal? Todas essas coisas negativas entrarão em vós e vos perturbarão.

Por isso, tanto quanto seja possível, evitai os contatos com o mal, as más palavras, as más visões, os maus pensamentos e evitai as más companhias.

Talvez eu vos esteja criando algum problema?

(Em resposta, no templo, houve um grande ‘Não!’ proveniente dos fiéis).

Sede muito felizes. Desejo a todos uma vida feliz, uma longa vida cheia de saúde. Abençôo a todos”.

OM OM OM

Sathya Sai Baba

GRANDE INVOCAÇÃO DO ORIENTE

GAYATRI MANTRA

OM

BHUR BHUVAH SWAH

TAT SAVITUR VARENYAM

BHARGO DEVASYA DHIMAHI

DHIYOYO NAH PRACHODAYAT

OM

Referências Bibliográficas:

O Senhor do Mundo, Michel Coquest, Ed. Madras

Sai Baba – O Homem dos Milagres, Howard Murphet, Ed. Nova Era

Site Oficial de Sua Santidade Senhor Sathya Sai Baba

TV Sai Sutil: em português