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PARTE NO ESPIRITUAL E PARTE NO MATERIAL

Por: Socorro Viana – Outubro 2009

O trabalho dos Auxiliares Invisíveis é contínuo, estejamos acordados ou dormindo. Portanto, precisamos estar a postos e em constante preparação, para não sermos pegos de surpresa.

Precisei resolver uma situação no centro da cidade e para me locomover utilizei um ônibus de linha para fazer isto. Na volta, já bem próximo de casa, uma mulher pediu parada e eu que estava logo nas primeiras cadeiras do coletivo, pude observar tudo. Ela entrou e ficou antes da roleta de cobrança. Era um ônibus de passagem mais cara. Ao entrar, notava-se claramente que ela estava completamente embriagada. O motorista sustentando a roleta, explicou para ela que a passagem era mais cara do que em ônibus comum e perguntou qual era o seu destino. Ela respondeu: “quero ir prá minha casa”! Então o motorista perguntou onde era a casa dela. O local que ela citou, ficava no lado oposto para o qual estávamos indo. 

O impasse continuou. O ônibus parado, todos os passageiros estranhamente calados, esperando o desfecho daquela situação.
A mulher assegurava que não ia descer e que ia naquele ônibus de qualquer forma.

Ao olhar para ela, percebi que estava descalça e a roupa muito suja. A aparência era de como estivesse passado a noite ou noites sem dormir.
Comecei a sentir uma compaixão enorme, observando a miséria humana na figura daquela criatura. O que poderia haver com uma pessoa, ainda jovem (aparentava uns 35 anos), para entregar-se ao desajuste e a bebida daquela forma? Pensei. Então comecei a emitir uns raios rosa para o coração do motorista e de proteção para aquela criatura tão desamparada.

Então, o motorista, falando gentilmente com a mulher (algo estranho no caso daquele profissional, que sempre estava mal humorado em função do trabalho duro), perguntou se ela o deixava ajudá-la. Iria descer com ela, faria parar outro coletivo, que viesse em seguida e que fosse para o lado onde ela morava. Sem argumentos ela aceitou. Ele, após fazer o que prometeu, voltou, tomou a direção e seguiu no nosso itinerário.

Continuei ainda emitindo luz de agradecimento para o motorista e para aquela infeliz tão transtornada, para que tivesse um maior grau de consciência do seu papel na vida.

O restante do dia transcorreu normal. Á noite, como sempre, ao me recolher, fiz uma entrega à Luz, para que o meu trabalho fosse sempre proveitoso.

Em seguida, me projetei para um lugar muito diferente. Era um grande galpão, construído de um material que me parecia metal. Uma fortaleza pensei e, não era no planeta Terra. Sentia muito bem.

Apesar da pouca claridade que havia ali, observei outras pessoas, homens e mulheres, que se vestiam do mesmo modo que eu: um macacão, botas, luvas, ficando descoberta somente a cabeça.

Fora do local parecia haver um grande conflito de energias. Podia escutar estrondos, um grande barulho que parecia ser o vento, uma verdadeira tormenta. Postei-me em frente a um grande portal e estava encarregada de entreabrir cuidadosamente a porta para que, em duplas, os guardiões presentes, pudessem sair e efetuarem um trabalho, que supunha ser de regeneração e resgate.

A primeira dupla estava preparada e eu abri com cuidado o portal por onde passou o primeiro deles. Fiquei aguardando o segundo. Mas fiquei paralisada quando percebi que ele me olhava diretamente, com um aspecto um tanto estranho. Senti que ele estava ali como emissário daquela força externa e que eu seria uma das vítimas. Ninguém parecia haver desconfiado disto. Tudo aconteceu muito rápido. No momento seguinte, observei arrependimento nos olhos dele, mas já era um tanto tarde para qualquer providência. Senti, vindo de fora, duas grandes garras, como se fosse de um pássaro girante, que me agarrava pela gola do macacão, tentando a todo custo, me puxar para fora.

Ao mesmo tempo, uma grande força vinda de dentro, acredito que dos outros componentes do grupo, reforçando para que eu não fosse levada.

Nesse momento, comecei a gritar bem alto o nome do Comandante Ashtar. Gritei uma vez, duas e, na terceira, aquelas garras pareciam amolecer à medida que das letras ASH do nome dele, saia um raio diretamente sobre o meu agressor, que me soltou e o portal se fechou com um barulho abafado, cortando completamente o contato externo.

Fui jogada no chão do galpão. No entanto, me sentia metade no galpão e metade na minha cama. Não conseguia juntar as minhas partes, parecia estar bipartida.

Comecei a rezar as orações que conhecia: pai nosso, ave maria, glória ao pai e outras, mas não surtia nenhum efeito. Pensei rapidamente que naquela dimensão, estas orações não conseguiam atuar. Foi então que lembrei dos nomes de Deus em hebraico, ao que comecei a citar.
À medida que emitia cada nome, ia conseguindo juntar os meus pedaços, até completar-me e inteira, materializada, consegui respirar aliviada. Uma espécie de temor ainda me tomava e, aos poucos fui me acalmando.

Já bem acordada, me levantei, bebi um pouco de água e já tendo me acalmado, voltei a dormir, o restante da noite, com relativa tranqüilidade.

Pela manhã, antes de levantar-me, fiquei pensando no ocorrido, chegando a seguinte conclusão:

-Todos aqueles que precisam conviver interagindo com os mundos material e espiritual, devem ter bastante conhecimento sobre como lidar com esse fato;

-Tanto as leis que regem a natureza, como as que regem os mundos a partir dela, são muito rígidas. Eu as denomino de “leis da selva”, em função de que precisamos estar preparados para elas. Qualquer deslize pode ser fatal;

-Os Mestres, Guias, Instrutores, Orientadores, darão toda cobertura necessária para os seus discípulos. No entanto, os mesmos acreditam poder confiar na sabedoria, na intuição, nos princípios morais e éticos, no saber agir, dos seus aprendizes;

-Sempre digo que “quem entra na chuva é prá se molhar”! Portanto, a busca requer, sobretudo, a capacidade de entender, que este é um caminho sem volta. Ele é feito para quem tem coragem de seguir sempre em frente, sem medo de errar, sabendo que não poderá voltar atrás.

NAMASTÊ!