DESVENDANDO UMA MISSÃO (Sonho e Projeção – JUL/2008)
DESVENDANDO UMA MISSÃO (Sonho e Projeção)
Por: Socorro Viana – Julho de 2008
Fui dormir nessa noite, como normalmente faço. Após uma alimentação leve, entreguei-me às orientações dos Mestres envolvendo com Luz, todos os entes queridos e as pessoas em geral e, rapidamente adormeci.
Minha mente desperta num local que, observo ser a periferia de uma grande cidade. Posso ver as muitas luzes e bastante movimento, há certa distância de onde me encontro.
Meu objetivo parece ser um enorme prédio que vejo à minha frente. Devagar, chega à minha mente que estou diante de uma empresa onde são efetuadas muitas negociações, mas não atino, no momento, que tipo de negociações são desenvolvidas pela mesma.
Entro numa recepção onde algumas pessoas me esperam. A maioria delas são homens e encontram-se vestidos de forma impecável. Noto isso, tanto nos homens como nas mulheres. Ternos muito bem postos são a tônica básica de suas vestimentas.
Naquele momento percebo a mim mesma também vestida com muita elegância e sofisticação (estranho, por eu ser muito mais natural), tendo na mão uma pasta de executiva. Fico um tanto impressionada em notar-me vestida daquele jeito. Penso que algo muito importante está para ser resolvido ali.
Volto à atenção para meus pés. Estranho, penso. Todos estão calçados, mas meus pés estão descalços a ponto de sentir até a textura do chão abaixo deles.
O fato de não estar calçada parece não ter muita importância para mim, pois não me cria nenhum constrangimento.
Comecei a cumprimentar as pessoas como se estivesse chegando de algum outro lugar a fim de interagir com elas. Alguns homens estavam com as mãos sujas de graxa, como se estivessem trabalhando em conserto ou montagem de alguma engrenagem ou coisa parecida. Também não me incomodava o fato de apertar suas mãos sujas e aperto calorosamente as mãos estendidas para mim, com calma e simplicidade.
Naquela ocasião ficou decidido que eu passaria um período com cada um deles para conhecê-los melhor e participar do desenvolvimento de suas atividades. Impressionou-me o fato de que eu iria coordenar o trabalho destas pessoas. Com certeza devia conhecer muito bem o que faziam.
Um senhor moreno e de idade indecifrável, aproximou-se de mim, dando boas vindas, sorrindo, e comentou: Já ouvimos muito falar sobre você. Algumas opiniões não muito lisonjeiras! Ao que respondo, sorrindo também: Não me preocupo muito com esse tipo de comentário! Acho que não haveria equilíbrio nem a complementação necessária para que a evolução se sucedesse. Se houvessem apenas aqueles que nos são caros, que nos entendem, que nos elogiam, não teríamos o menor trabalho, já que todos concordariam conosco. A inércia estaria presente!
Enquanto conversávamos entrou no recinto uma menina morena que mais parecia uma indiazinha. Lembrava a mim quando era criança. Ela dirigiu-se a mim e pediu para falar comigo. Abaixei-me para ficar mais perto e ela me diz ao ouvido: O Pai do Céu quer falar com você urgente. Peço desculpa às pessoas avisando que retornaria logo que possível, pois precisava atender um chamado.
De mãos dadas com a indiazinha sai quase correndo, pelo mesmo caminho por onde havia chegado.
Naquela pressa, olhei para os pés e vi que os sapatos se formavam e que logo estaria calçada. Era uma espécie de sapatilha cômoda e muito simples.
No percurso, antes de chegar ao local determinado para falar com o “Pai”, como se referiu a garotinha, voltei rapidamente ao corpo físico.
Acordada e consciente fiquei me questionando:
- O que desejaria o “Pai” me falar? Como seria Ele?
- O que Ele queria me alertar com tanta urgência?
- A garotinha seria um anjo? Era o que podia deduzir porque os anjos são mensageiros.
- De onde será que conhecia aquelas pessoas? Seus rostos não me eram estranhos.
- A pasta que eu levava na mão, lembrava uma que o Comandante Ashtar Sheran carregava por ocasião de um dos nossos contatos! Qual seria o seu conteúdo?
Quanto mistério… Quando teria condição de desvendá-los?
Fiquei mais uma vez, em estado de alerta, uma vez que há poucos dias, depois desse sonho, acordei com a voz nítida do Comandante Asthar, dizendo: A hora é chegada. Vá em frente!
Estou preparada… acho! E, a postos, como conseqüência.
Algum tempo depois…
Fiquei com as questões citadas anteriormente, vindo muitas vezes à minha cabeça. E então, na madrugada daquele dia, despertei a consciência num local onde estava sendo realizada uma conferência. Era um salão enorme, tão grande que não via suas paredes. Mesmo assim, sentia que estava num ambiente fechado pela luminosidade suave e o aconchegante clima onde exalava um agradável perfume.
Aclimatando-me ainda com o local e a ocasião, percebi que cheguei ao final da reunião, e as pessoas já começavam a se retirar do ambiente.
Percebi algumas pessoas conhecidas e, de onde estava via a indiazinha que me deu o recado do “Pai”, na ocasião da projeção anterior. Ela me olhou parecendo satisfeita em me ver. E, pensei que ela estaria também satisfeita por ver seu recado sendo atendido.
Levantei-me de onde estava sentada e me dirigi para uma das saídas daquele salão. Percebi do meu lado uma pessoa amiga que sempre está comigo em vários contatos.
Saímos. Notei que lá fora era uma noite muito fria. Diria que, gelada. Percebi os picos montanhosos e negros ao redor do local.
Havia uma grande área descampada e algumas árvores, um pouco mais distantes. Várias mulheres faziam uma limpeza retirando folhas e galhos secos do local. Chamou-me a atenção duas delas, as quais não me eram também estranhas. Parecia estarem a comandar o trabalho de limpeza. As duas fizeram uma grande fogueira e colocavam ainda vários paus para aumentar ainda mais as chamas. O fogo começava a crepitar cada vez mais alto na noite fria, dando um agradável calor naquele frio enorme.
Eu e a pessoa que me acompanhava, nos sentamos num local protegido pelo vento, que espalhava a fumaça e fogo da fogueira. Iniciamos uma conversa onde eu comentava o trabalho daquelas mulheres. A pessoa comentou que eram engenheiras siderais e que no momento cuidavam em qualificar a natureza. Continuei falando que estava achando sem muito retorno o meu trabalho atual, ao que ela comentou que era o contrário do que eu pensava, o meu trabalho era de grande importância, considerando o campo que atingia, isto é, a mente das pessoas para que elas pudessem adquirir consciência do que realmente eram.
Finalmente, chegou à hora do encontro com o “Pai do Céu”. Me despedindo da pessoa que estava comigo, segui o emissário, dessa vez um senhor de idade um pouco avançada que me conduziu por corredores iluminados por archotes que tremulavam, como se um vento invisível os movesse.
Um pouco mais adiante, ele me indicou uma porta e, falou que eu teria de abrir outras, até chegar ao meu destino: a sala do encontro tão esperado.
Continuei andando em frente e abri mais 3 portas, seguindo por pequenas salas, tendo nas mesmas pessoas sentadas. Finalmente, entrei numa sala um pouco maior onde havia uma cadeira vazia como se a minha espera. Outras pessoas já estavam no local. Eu pensei que naquele encontro estivesse sozinha. As pessoas que já estavam a espera, me acolheram com um sorriso. Sentei-me e aguardei.
Fiquei imaginando como seria a aparência desse Pai? A ansiedade aumentava enquanto pensava o que Ele queria com esse chamado estranho.
Sai dos meus pensamentos quando Ele entrou na sala. Sathya Sai Baba estava diante de nós. Era Ele o “Pai do Céu” mencionado pela indiazinha. Mas, esse fato não me impressionou. Era como se já soubesse que era exatamente Ele, só que não tinha atinado antes.
Dirigiu-se, o Pai, a nossa frente, e sentou-se numa cadeira, começando a falar. Suas palavras penetravam na minha alma, acredito que, nos outros também, como registros indeléveis. Uma por uma, as minhas perguntas foram sendo respondidas.
Ele assim se expressou:
- Convoquei vocês para lembrá-los do papel que assumiram, antes da sua chegada aqui, de levar ao máximo possível de seres, a possibilidade da descoberta em si, dos valores que permeiam o caminho da evolução nesta esfera dimensional.
- O momento é de alerta geral, onde cada um precisa fazer a sua parte e, com relação a vocês, sementes à serviço, dar uma maior assistência àqueles que sentem a necessidade, mas não sabem como fazer parte do despertar da consciência de unidade, necessária para suplantar esses tempos turbulentos de mudanças e transformações.
- A chegada até vocês da consciência de grupo, os faz perceber que todos representam uma unidade e contraparte do Criador.
- Em todas as épocas existiram representações simbólicas dos conteúdos que precisam absorver e repassar. Assim, como condutores serão como os fios das malhas de Luz de um manto capaz de abranger os conhecimentos de uma esfera inteira e daí, repassá-los em medidas quânticas e subdividi-los de acordo com a possibilidade de absorver de cada espaço / referência.
- Poderão sentir-se em alguns momentos cansados e deprimidos, tendo a sensação de inutilidade à flor da pele. Estas são as síndromes da atualidade. Portanto, ao centrar-se na sua essência reconectarão à Fonte e a harmonia equilibradora voltará a ser processada no seu interior e consequentemente no externo.
- Sempre que os atraio para Mim é para que me vejam como Eu os vejo. Esta procura irá até o final da transformação, que se aprofundará cada vez mais. Está incluso aí o aprendizado que surgirá com a base na espera, paciência, alegria e silêncio.
- Ao trazê-los até Mim faço com que Me recebam e Me levem, para atuarem a serviço na forma de uma energia reformada que orientará a vida de outros seres também.
- Procurem evitar o emaranhado das emoções humanas tendo seus sentidos sob controle. A agitação está apenas nas camadas mais externas, superficiais. No fundo do seu coração existe apenas calma sem nenhuma agitação.
- Lembrem de que muitas coisas são destituídas de valor, podendo ser descartadas. Para discriminar as coisas úteis das inúteis, usem sempre o discernimento, buscando os tesouros ocultos.
- Quando caracterizo a devoção que deverão ter e ser, Me refiro a irradiação do seu coração, de onde surgirá um poder invisível que cobrirá todos aqueles que de você se aproximarem, interligando-os a sua missão em relação ao Planeta, à Galáxia, ao Cosmos. Minha missão já atingiu esse ponto no qual cada um de vocês já está encarregado de desempenhar a contento a sua tarefa.
- Para que todas as tarefas sejam realizadas a contento, basta que sempre fiquem ligados em Minha presença. Deixem-Me compartilhar dos seus sentimentos profundos nos caminhos do seu coração e no de todas as pessoas. Doem-se sem esperar recompensas. Assim, Minha missão será coroada de êxitos.
- Chegará o tempo em que a humanidade inteira abraçará a harmonia. Isto ocorrerá muito antes do que esperam. Mas, antes da chegada desses tempos mantenham-se preparados e em alerta, pois, a cada ser vivente será revelado o sentido de viver.
- Várias pessoas sentem que suas experiências e expectativas não estão sendo gratificadas, não frutificam, mesmo tendo despendido seus melhores esforços. Isto é devido à ausência de pureza nos seus sentimentos direcionados àquilo que estão realizando. O homem vive uma vida ilusória, vendo a diversidade na unidade. Atividades verdadeiras são prazerosas e só trazem paz e equilíbrio.
Vão em paz! Eu vos abençôo de forma que possam levar consigo para suas vidas, prosperidade, alegria, felicidade e amor!
Estando de volta ao corpo físico, percebi que continuava de olhos fechados e os ouvidos alertas como a escutar ainda as palavras do “Pai”, para que as mesmas ficassem gravadas, para sempre nos meus ouvidos e no meu coração.
NAMASTÊ!