Relatos de Uma Semente Estelar 3
OBSERVAÇÕES A SERVIÇO DA LUZ
É noite! Aliás, a noite está apenas começando. Por entre as árvores, vejo os últimos raios de sol indo embora. O sol faz seu círculo noite/dia, como sempre, desde o início dos tempos.
Aproveito estes momentos de silêncio e solidão, passando um final de semana na casa de campo de uma amiga, para pensar.
Mesmo sabendo de algumas atividades que desempenho para a Confederação Intergalática e Grande Fraternidade Branca (Hierarquia Espiritual), o desenvolvimento de algumas delas, ainda me deixam pensativa: é muito grande o confronto, algumas vezes sutil, outras, abertas, entre os chamados bem e mal. E, quando saem de três dimensões, tomam uma proporção muito intensa.
Repasso na mente as últimas palavras do Comandante Conrado (este tem uma atividade que podemos chamar de “Assessoria Direta” do Comandante Ashtar Sheran):
– Deverás colher alguns dados sobre as atividades desempenhadas por alguns seres que atuam “fora da roda”, com a finalidade de podermos implementar um plano de proteção e segurança setorial para o Planeta Terra.
– Mesmo confiando no Plano Divino, temo pela minha integridade, às vezes, durante estes contatos diretos com estas forças. Acrescentei.
– Não deves temer nada. Como sabes, estamos sempre ao teu lado e já sabes como agir em determinadas circunstâncias.
– O que farei com as informações colhidas?
– Farás um relatório para ser entregue ao Comandante Ashtar. Em seguida, as providências serão tomadas.
Ainda pensando nos fatos, lembrei que havia chegado a hora de entregar o famoso relatório, uma vez que o que continha nele iria ajudar em muito, com informações importantes, para condução do Plano de segurança, pelo Comando.
Sempre que me preparo diariamente para o descanso noturno do físico, entrego-me a serviço da Luz e, quando em missão, através do amor, solicito ser direcionada ao ponto exato do desempenho daquele objetivo, seguindo as necessidades do Sagrado Plano. Assim, sem sombra de dúvidas, sigo o plano estabelecido.
OBSERVAÇÃO Nº 1
Minha consciência desperta no momento em que estava atrás de algumas árvores, encoberta pelo pouco espaço existente entre elas.
Do lugar onde me encontrava, via um pátio aberto dos lados, com uma cobertura metálica, de uma fábrica de Objetos Voadores. Existiam peças soltas e outras já montadas, é o que percebia de onde estava. Vários seres vestidos de macacão de trabalho entravam por um grande portão, para desempenhar o seu trabalho, passando pelo lado em que me encontrava escondida. Na posição em que estava não podia ser vista. Isto me deixava mais tranqüila.
Quando parou a movimentação tentei me aproximar mais um pouco, com a finalidade de ver melhor.
Do lado direito de onde estava, existiam algumas salas, separadas por meia parede, onde se encontravam em cada uma delas, várias crianças que pareciam estar sendo orientadas por mulheres também vestidas de macacão.
Naquele momento, percebi a chegada de um retardatário e não tive tempo de retornar ao esconderijo que estava antes. Este me olhou bem nos olhos e pude ver seu rosto: era um ser muito belo, com aparência humana, de pele clara, alto, os olhos de um azul intenso. Vestia o mesmo macacão dos outros. Eu sabia que aquele rosto era conhecido, mas não lembrava quem era, até em função do medo que tomou conta de mim: estava perdida, havia sido descoberta, pensei.
Com surpresa, vi o belo ser passar por mim e seguir em silêncio entrando no pátio pelo mesmo lugar que os outros.
Antes de me dar conta de tudo o que estava acontecendo, uma chuva fina começou a cair. Desabrigada como estava, pensei, me molharia toda, com certeza. Fui andando tentando não ser vista, seguindo até uma pequena guarita, no momento, desocupada, onde existiam várias capas de chuva penduradas em alguns cabides. Essas capas, pensei, devem ser daqueles que entraram por aqui. Peguei uma, mas na minha mente veio o rosto do seu dono e, não me senti bem em levá-la. Volto a colocá-la no mesmo lugar.
Olhando ao redor, vejo que para sair dali, teria que seguir por uma rampa que mais parecia uma rampa de pouso ou impulso de asa delta.
Comecei a pensar no Mestre El Morya (meu instrutor e pai) e no Comandante Ashtar solicitando ajuda. À medida em que pensava materializava-se à minha frente um casaco que ia se compondo devagar ao juntarem-se os átomos. Era algo maravilhoso de ver, uma chuva fininha e prateada juntando-se no processo de formação da peça. Satisfeita tomei o casaco e coloquei sobre o meu corpo.
Mas, o receio de ser vista ainda continuava. Senti uma mescla de agradecimento e receio no coração. Agradecimento pelo casaco e em estar me sentindo aquecida e receio de ser pega sem as informações que deveria fornecer ao Comandante. Olhei para mim mesma muito mais para admirar o casaco, quando notei que não via meu próprio corpo: estava invisível!
– Que coisa fantástica, pensei. Aproveitaria aqueles momentos na condição de “invisível”, para observar melhor o local. Segui, com cuidado redobrado e entrei pelo mesmo portão por onde os outros haviam passado. Fui observando cada coisa. Era intensa a movimentação que existia ali. Existia uma completa linha de montagem, desde a fundição das peças, preparação, classificação e montagem final dos objetos que eram submetidos a vários testes de qualidade.
Pude ver que ali se juntavam seres de raças extraterrestres, conhecia algumas, e seres humanos, orientados por alguns seres humanos com aparência de líderes.
Estava demonstrado o compromisso assumido entre seres terrestres e extraterrestres pela autonomia do poder tecnológico coisa que eu já sabia existir. Esta era, portanto, uma atividade do chamado “Governo Oculto” que tantas filosofias falavam.
Em meio aquele tumulto de atividades, alguém me olhava: o belo ser que havia me visto observando, lá fora.
– Mas, não é possível! Estou invisível! Não para o olhar firme e forte do meu observador. Pensei! Quem é ele, meu Deus, que pode ver além da força protetora dos átomos doados pelos Mestres? E, porquê razão não me delata aos outros? Seja o que for, estou agradecida. Pensando assim enviei através do meu coração a chama do Amor Divino para aquele que, de alguma forma, estava entendo o meu propósito de servir à Luz.
Sai e já do lado de fora do galpão, com aquela mistura de sentimentos, sem saber porque, senti vontade de elevar os dois braços para o alto com as mãos abertas, numa atitude de recepção e entrega. Em seguida, fechei os olhos. Nesse momento senti duas suaves mãos tocando as minhas. Abri os olhos e pude vê-las: Eram duas mãos belíssimas e visíveis até os pulsos, tocando as minhas. Possuíam dedos longos e resplandecentes em Luz. Fui baixando devagar as minhas mãos enquanto aquelas mãos luminosas continuavam a segurar as minhas. Algo como segurança, confiança, tranqüilidade, serenidade, tomaram conta do meu interior.
Sabia que podia seguir e iria encontrar o caminho de volta. Estava sendo conduzida pela estrada certa.
OBSERVAÇÃO Nº 2
Vários meses se passaram. Eu sabia que devia um relatório ao Comando. Mas, sentia não ser a hora de enviá-lo. Estava incompleto.
Serviços de outros tipos intercalaram-se a este e, enquanto isto desenvolvia o que me era determinado.
Outro fato juntou-se ao primeiro e isto dava para perceber pelas indicações do mesmo, como passo a relatar.
Minha consciência desperta numa grande sala. Estava sentada numa mesa pequena diante de um ser belo e extremamente simpático.
– Mas, é o mesmo ser que me viu no galpão da grande fábrica! Pensei. Continuava sentindo que o conhecia, mas não me vinha à mente quem ele era. Notava que ele sabia quem eu era e tentava me envolver com seu carisma. Falei para ele que havia saído de uma grande decepção com amigos e por esta razão não estava sabendo como agir com ele. Ele ri das minhas palavras e o brilho dos seus olhos azuis aumenta.
Eu me perguntei: Quem será ele! O que deseja me demonstrar? Parece estar sempre do meu lado me ajudando e indicando coisas a fazer.
Percebi que ele vestia, desta vez, um uniforme militar e eu me encontrava também vestida com um igual.
Depois de uma conversa amistosa, ele diz para sairmos, pois havia chegado a hora. Levantei-me e sai do salão com ele. Vi que outras pessoas, também fardadas faziam o mesmo que nós: conversavam sem fazer grandes barulhos.
Ao sairmos do salão, encontramos um furgão militar onde já estavam vários outros seres vestidos da mesma forma, dentro dos mesmos. Eram homens, mulheres, crianças.
O homem belo pediu que eu entrasse e me acomodasse ali. Ele seguiu para outro furgão e em seguida foi dada a partida.
Ao entrar no furgão, me chocou a grande quantidade de material bélico pesado que se misturava entre as pessoas que seguiam dentro do mesmo local: Eram granadas, bombas, mísseis, metralhadoras e, aquela visão chegou a gelar-me os ossos. Seria tudo aquilo utilizado contra os homens da Terra? Seria para alimentar ou dar início a uma guerra? Notei que a minha “praia” era outra.
Após um bom tempo de viagem sem poder ver para onde íamos, o furgão parou. Descemos todos. Notei que estávamos num grande acampamento militar. Comecei a andar no meio de toda aquelas pessoas que se dirigiam para seus alojamentos. Saí a ermo. Não encontrava meu amigo. Sentia no fundo do coração que estava com um amigo por perto. Segui procurando e também observando onde seria instalada. Percebi que era noite, me sentindo assim mais protegida em função da pouca visibilidade que havia. Naquele momento lembrei, claramente, que estava numa missão de observação. O acesso até aquele lugar tinha sido facilitado pelo homem belo o qual não lembrava quem era. Onde estaria ele agora, pensei. Não tinha a menor idéia. Era hora de iniciar o meu trabalho, com bastante cuidado.
Como se estivesse dando um passeio sem conseqüências segui observando cada coisa. Horrorizada vi que estávamos cercados por um paredão de arames farpados e que ao tentar aproximar-me dele uma onda fortíssima de energia eletromagnética impedia qualquer aproximação. Para sair dali só com a ajuda dos meus protetores, com certeza.
Mas, a curiosidade não dava lugar a nenhum medo e assim, prossegui a inspeção. As pessoas haviam se recolhido onde o que parecia ser uma família permaneciam juntas. Não podia entender se aquelas pessoas estavam ali obrigadas ou por iniciativa própria. Algumas pareciam ter consciência de algo, pois não me aceitavam quando me aproximava. Mas outras pareciam sem força de vontade e seguiam feitos autômatos e tristes.
Continuei seguindo no meio daqueles alojamentos. Deparei-me com um local que mais parecia um laboratório, onde várias crianças brincavam. Fiquei muito preocupara por haver ali vários tubos de ensaio e nenhum adulto para cuidar das crianças, se algumas delas se ferisse. Estavam todas sem roupa. Seus pequenos corpos parecia ter sido untados com um óleo, pois brilhavam.
Um tanto apreensiva fiquei parada a observá-los, quando, de repente, notei que um garotinho de mais ou menos 2 anos, começou a chorar. Corri até ele e o que presenciai me deixou estarrecida. Não conseguia nem pensar diante da terrível visão que me deparei: De uma espécie de prato grande, onde a criança antes brincava, saiam uns filetes fininhos e transparentes que conduziam no seu interior uma espécie de líquido (eu pressentia que era plasma). Os filetes (que eu sentia que tinham ligação com o ADN), entravam através do pulso da criança, causando um leve sangramento e com certeza, era a causa do seu choro pela dor que causava, percebi. Tentei puchar aqueles fios do pequeno pulso, mas, por mais que puchasse, eles entravam fortemente sem eu poder fazer nada. A criança começou a gritar chamando os pais, enquanto isso, se contorcia, tomando, sua pele, uma forma enrugada, completamente diferente daquela que eu havia visto antes: a pele rosada do bebê. Notei que no desespero eu também havia ficado encharcada de sangue. Pela impotência, fiquei em completo desespero vendo aquela metamorfose. Rapidamente chegaram os ditos pais da criança e como se soubessem ou conhecessem o fato, levaram a criança dali, muito mais para que eu não pudesse ver o resultado, reclamando e xingando com a criança, enquanto me olhavam com ares de censura.
Parada, consegui apenas chorar. Aquelas lágrimas doíam na minha alma. Comecei a emitir amor e, ao fazer isto, uma nuvem rosa começou a preencher o local envolvendo o restante das crianças que agora também choravam. À medida que a nuvem chegava até eles, foram se calando totalmente. Aos poucos, já calmos, adormeceram em seus lugares.
-E agora, o que fazer? Pensei. Como sair daqui e como tirar essas crianças desse sufoco?
Pensei no meu amigo, que com certeza estaria em algum lugar por ali. Ao pensar nele, em poucos minutos estava ao meu lado. A alegria tomou conta do meu coração. Seu rosto, sim, agora lembrava! É tão parecido com o Comandante Ashtar! É o Arcanjo Miguel.
Iniciamos um trabalho sutil de retirada dos bebês daquele lugar. Em silêncio, eles eram levados dormindo e depositados numa espécie de concha/berço, tendo antes sido retirada uma película que os envolvia, razão daquele brilho que eu havia visto em suas peles. Como um passe de mágica a grande concha foi desmaterializada daquele local.
E, eu, pelo mesmo processo me vi novamente no salão de onde tinha seguido no estranho furgão. Do meu coração a força do amor era direcionada em agradecimento ao Arcanjo Governador do Reino Angelical. Pensando para onde teriam sido levadas as crianças? Com certeza, pra a proteção dos seus verdadeiros pais.
Havia chegado a hora de partir! À minha frente uma longa estrada se abria. Olhando pela última vez o grande salão, pude notar que na parede havia um grande quadro com a figura do Comandante Ashtar Sheran.
Alguns dias depois…
Mesmo após a entrega do relatório prometido ao Comandante Ashtar Sheran, não conseguia esquecer o terrível episódio das crianças, tendo continuado a fazer invocações e emitir pensamentos de amor, para aqueles que ainda estavam sob o julgo de suas fraquezas e pendências antigas e internas.
Quando, após uma noite mal dormida, despertei em consciência, ainda com o corpo inerte, sentindo a presença do Arcanjo Miguel. Como sempre faz Sua presença, senti uma enorme paz. Em seguida, senti Sua energia direcionada à minha mente para condução de um processo. Abri meu coração e fiz uma entrega ao serviço. A partir daí, Ele controlou e conduziu o que a seguir relato:
“- Volte sua atenção para seu coração! Imagine que uma espiral se forma. Deixe que esta vá alargando-se, cada vez mais, tomando seu corpo por inteiro.
Imagine que esta energia torna-se uma espiral maior do que seu corpo físico. Incorpore a mesma ao fluxo advindo de outras pessoas amigas que estarão em contato com sua mente agora. (Pensei em alguns amigos que fazem parte da minha vida).
As espirais tomam a forma de um raio poderoso que iremos direcionar àquele acampamento que você já conhece. Estabilize o fluxo no alto do mesmo. Transforme-o, novamente em espiral que agora, possui a cor azul/violeta. Envolva o local e as pessoas existentes nele. Suas mentes, vontades, ações, impulsos, serão dirigidos por este raio até fazê-los conscientes e lúcidas. Este raio transformado atinge, principalmente aquele bebê que passou pelo processo de metamorfose(*).
Traga o raio de volta a sua estrutura física, devolva o fluxo aos amigos que nos ajudaram, agradecendo. Que as bênçãos do Meu Coração a envolva e a todos aqueles que, de boa vontade, colaboraram e colaboram com o Plano de Deus em todos os Universos. Assim Seja!”
Pude seguir, com tranqüilidade, todo o processo comandado pelo Arcanjo Miguel e que possamos estar sempre aptos ao serviço em prol da Luz Maior.
(*) Com minha visão interna, pude ver o raio poderoso, processando desde a cabeça até os pés do bebê, e sua forma voltando ao normal num processo fantástico de reversão e transformação. Sua retirada do local ocorreu da mesma forma, na conhecida concha/berço e retorno para seus verdadeiros pais.
Quanto às pessoas que foram beneficiadas pelo processo, estas já despertas, que possam lembrar das suas missões e compromissos estabelecidos antes de suas entradas no processo de crescimento particular, nesta encarnação na Terra.
“Que a Luz, o Amor e o Poder, restabeleçam o Plano Divino na Terra!”