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CONVIVENDO COM O INSÓLITO

Estávamos chegando ao final de 1998. Sentia a necessidade de aprender mais sobre os astros para poder visualizar melhor e entender o céu. Não era necessário apenas ficar horas “a fio” a observar a posição das estrelas e imaginar que as cadentes trariam respostas as minhas inúmeras perguntas.

Com esta intenção participei de um curso de Astro-ufologia ou Astronomia voltada para a Ufologia, pretendendo, desta forma, distinguir os astros uns dos outros, entender suas órbitas podendo saber a diferença entre os astros conhecidos e objetos voadores não identificados, sendo este o principal objetivo do meu aprendizado na ocasião.

No transcorrer do curso, iniciaram-se os trabalhos de campo: ver estrelas definir astros e varar noites no exercício agradável de vivenciar os mistérios dos silêncios noturnos.

Nessa época, me encantava cada vez mais com as histórias dos campos gravitacionais dos ÓVNIS e sua intensidade; os efeitos chamados red and blue shift (ao olharmos o céu, olhamos o passado e o futuro); graus dos avistamentos; tipos de extraterrestres, origem e procedência; janelas espaço-temporais, enfim, tudo o que dissesse algo a mais de segredos ainda poucos conhecidos por mim.

Com este espírito de entusiasmo e descobertas, foi organizada uma viagem de estudos até uma cidade do interior do estado da Paraíba chamada Guarabira, onde vários casos de avistamentos com abduções (raptos) estavam ocorrendo. Uma coisa palpável com grande repercussão nacional e nos meios ufológicos de forma geral.

Numa revista de publicações ufológicas de grande circulação no Brasil, havia sido abordado o tema com o seguinte teor: “Definitivamente, a cidade de Guarabira (PB), situada a 96 km de João Pessoa (Capital da Paraíba), é a mais nova referência nacional em se tratando de discos voadores. Praticamente em todos os dias e noites são vistos inúmeros objetos não identificados cruzando os céus da cidade”.

No nosso programa estava incluída uma visita à famosa Pedra do Ingá(*). Sobre esta pedra sabemos atualmente que a mesma está inserida num dos mais famosos sítios arqueológicos do Brasil. “Vislumbra a mesma uma escrita ideográfica elaborada há centenas de anos. É atribuída aos habitantes da localidade naquela época ou visitantes de longínquas localidades”. Diz o pesquisador Gilvan de Brito. E continua: As figuras da Pedra de Ingá distribuem-se em três painéis: o superior horizontal, o vertical e o inferior (piso) ligeiramente inclinado. Neles estão montados os quebra-cabeças até hoje não decifrados. Há, nos painéis, figurações que lembra constelações, assim como, pássaros, répteis, frutas e plantas.

Era isso que iríamos vivenciar.

(*) A Pedra do Ingá pode ser facilmente alcançada. Basta seguir pela BR-230, trecho João Pessoa-Campina Grande (PB), até o km 115. Daí toma-se a rodovia, à esquerda, e depois de 8km chega-se à pequena cidade de Ingá. O monumento citado está a mais 3 km desta localidade.

CONEXÃO GUARABIRA I

Saímos do Recife, nossa base atual, bem cedo e passaríamos um final de semana na cidade de Guarabira, com duas vigílias noturnas.

Após uma breve visita à Pedra do Ingá, seguimos rumo ao nosso objetivo, aonde chegamos no início da tarde.

Antes do início dos trabalhos propriamente ditos, convocamos uma reunião com o grupo de estudos ufológicos da cidade, composto por alguns pesquisadores e de vários “contatados”, também ligados ao centro espírita de Guarabira. Estávamos, portanto, diante de médiuns e pessoas “contatadas”, um tanto traumatizadas com os eventos vivenciados.

A partir daí, percebemos que estávamos diante de pessoas que, no mínimo, necessitavam de esclarecimentos com a finalidade de separar o emocional dos fatos reais a serem pesquisados.

No encontro com o grupo citado, fomos informados de que, desde 1975, testemunhas teriam comprovado muitas aparições e que 80% da população da cidade já haviam tido oportunidade de observar “misteriosas evoluções dos ÓVNIS”.

Somente para se ter uma idéia, a Equipe de Pesquisas Ufológicas de Guarabira (EPUG) possuía na ocasião, aproximadamente, 16 horas de filmagens, fotografias e relatos dos moradores da cidade.

Descobrimos, ainda, que a cidade de Guarabira, é fundada num brejo (espécie de pântano), e forma uma espécie de concha acústica (dando condição de qualquer barulho ser escutado com muita facilidade), não estando situada na rota de vôos da Aeronáutica, que evitam passar sobre ela. Segundo opinião de ufólogos do grupo local, a cidade de Guarabira faz parte de um corredor magnético que inclui outras cidades próximas, como: Mamanguape (PB) e Ponta Porã (MS), as quais representam um “portão” de acesso a Terra.

A cidade de Guarabira é a única no Brasil, onde há tantos “avistamentos” coletivos, com pessoas de diversas idades, classes sociais e graus de instrução.

De posse de tantas informações, partimos para a ação. Isto é, analise do local que poderíamos efetuar nossa vigília ufológica.

Alguns pontos estavam me deixando preocupada: o interesse que o nosso grupo havia despertado ao chegar na cidade. Para onde nos dirigíamos éramos acompanhados por supostos estudiosos, jornalistas locais e de cidades vizinhas e interessados no assunto de nossa pesquisa. Sabemos como é importante o silêncio e o controle emocional nesses eventos.

Existia mais um ponto alvo de minhas preocupações: a presença de alguns adolescentes no nosso grupo, convidados por colegas para participarem da vigília conosco.

Sabemos também, que ao nível de equilíbrio energético, não podemos contar com adolescentes que ainda convivem com o desenvolvimento da Kundalini (energia puramente sexual).

Havia na cidade a notícia de que na localidade (rural) de Pilõezinhos, tinham acontecido muitos contatos diretos e abduções, com os extraterrestres. Iríamos até lá.

O acesso a este sítio era por uma íngreme subida numa estrada de barro, sendo este o único caminho. Seguimos de carro até o topo de um morro, onde estava localizado o povoado e local exato das abduções, com intenção de sentir melhor o local, onde estávamos pretendendo acampar, logo mais, à noite.

O Sol já estava iniciando seu ocaso e, as sombras da noite chegavam. O local dava a impressão de “sufoco”, apesar de vermos toda a extensão dos campos ao redor. Algo estava no “ar”, não deixando que respirássemos direito.

Vários componentes do grupo emitiram a idéia de que aquele seria um bom lugar para efetuarmos nossa vigília. De minha parte, continuava me sentindo muito mal ali e expliquei ao grupo que não participaria do trabalho naquele lugar, numa exposição energética de nível tão denso, ainda contando com a presença dos adolescentes e no dever de primar pela sua e nossa segurança. Não sabíamos que tipos de extraterrestres estávamos contatando e, se havia abduções com desaparecimento de pessoas, com certeza, estes seres não pertenciam a Confederação Intergaláctica, a qual não age dessa maneira.

Entre aqueles que estavam conosco, alguns ficaram insatisfeitos, outros temerosos. Desta forma, retornamos a cidade de Guarabira com a intenção de efetuar a vigília num parque de exposição de animais, uma área mais agradável e segura do que a anterior.

No percurso de volta, na estrada entre Pilõezinhos e Guarabira, aproximadamente 19:00h, obtivemos a visão dos primeiros ÓVNIs. Os mesmos cruzavam o céu acima de nossas cabeças, diante dos olhares de todos os presentes.

Marcamos o início da vigília para 20:00h e nos dirigimos para o Parque dos Animais citado, no horário combinado.

O parque tinha uma formação circular, protegido por uma cerca de madeira com um portão de entradas. Estava localizado num terreno bem mais alto do que a cidade, nos dando uma visão de todo o espaço em volta do mesmo. A formação circular ajudaria no posicionamento das equipes de trabalho.

Nos dividimos em cinco grupos. Quatro grupos seriam colocados nos quatro pontos cardeais, portando aparelhagem de astronomia (câmeras, binóculos, telescópios, etc) e o quinto grupo, composto pelos sensitivos, do qual eu fazia parte, ficaria no centro e encarregado da harmonização, concentração e canalização (contatos telepáticos através de canal).

Ás 22:20h recebemos a primeira comunicação canalizada, do Comandante Ashtar Sheran. O mesmo orientou como deveríamos nos posicionar para melhor captação energética.

Após esta comunicação começamos a perceber a presença de seres de pequena estatura e cabeça grande, os quais circulavam fora da cerca tentando esconder-se da nossa visão e, portanto, fora do círculo que havíamos formado por orientação do Comandante Ashtar. Alguns dos presentes enfrentaram o padrão do medo que quase nos desestabiliza. Com esforço, retornamos ao controle, e as figuras desapareceram.

Precisamente à 3:00h da manhã, novamente obtivemos mais uma comunicação do Comandante Ashtar. Nesta comunicação, convida todos os presentes para efetuarem perguntas com a finalidade de tirar as dúvidas. Coordenadas por um dos colegas do grupo, foram efetuadas as perguntas pelos jornalistas, pesquisadores e buscadores presentes, os quais tiveram suas dúvidas satisfeitas. As questões versavam sobre: transição planetária, a conjunção planetária que ocorreria ainda no milênio, abduções, as energias que estavam atuando no sítio de Pilõeszinhos e questões particulares como saúde, prosperidade etc.

Com reverência e gratidão entre os presentes e nosso ilustre visitante, encerrou-se a comunicação e nossos trabalhos de vigília daquela noite.

Retornamos ao hotel e após o almoço, ao Recife.