ULTRAPASSANDO OS LIMITES (OUT/2010)

Por: Socorro Viana – OUTUBRO DE 2010Sem pensar muito nas conseqüências, marquei 3 dias inteiros de curso para trabalhar canalização. Falo em “sem pensar”, em função de já estar acumulando muito trabalho, estando o organismo apresentando muito cansaço.

Quando terminei o terceiro dia, já estava me sentindo extremamente esgotada. Foi aí que percebi que já havia excedido os limites confiáveis e saudáveis para manter o equilíbrio corporal.

Passei a sentir uma crise de garganta ao que comecei a aplicar as alternativas fitoterápicas, obtendo pouco resultado.

Em seguida, apelei para medicações tidas como mais eficientes, sem nenhum resultado. Continuei a fazer medicações mais fortes, sentindo nessas alturas, que o organismo pouco estava respondendo.

Passei para os antibióticos, no final de quase uma semana. Ao ingerir a primeira dosagem, senti o organismo iniciando um processo de luta intensa. A pressão caiu e, enquanto tentava restaurá-la a temperatura começou a subir e um frio intenso tomou conta do corpo.

Lembrei de uma sensação idêntica quando estava na Cordilheira dos Andes enfrentando 10°C abaixo de zero.

Sem querer acordar ninguém da família, coloquei um casaco grosso e dois cobertores, atitude um tanto estranha num clima sempre muito quente na cidade onde moro.

Então, para sair do padrão em que me encontrava, comecei a citar o Gayatri Mantra(*). Repeti muitas vezes. Em seguida lembrei de uma frase de Émile Couie e comecei a repetir um pouco diferente, a única forma que lembrava (**). Acrescentei mais uma frase de uma música gospel que havia escutado durante o dia (***). Ao pensar naquela frase, imaginei o reino dos anjos. De repente, notei no quarto um anjo de grande estatura. Havia ao seu lado vários outros anjos um pouco menores. A partir do maior, que me pareceu ser um instrutor, eles colocavam as mãos na altura do cardíaco, palmas para a frente, tocando apenas os polegares, e faziam refletir um raio do centro de cada mão. Com o raio emitido de uma das mãos, eles se comunicavam com o instrutor, e o instrutor com eles. Com a outra mão, traçando um triângulo luminoso, focavam na minha garganta. Percebi que eram muitos anjos e muitos triângulos a ponto de ir preenchendo todo o quarto. Mesmo ficando “encantada” com o que via, continuei centrada repetindo, pela ordem, o mantra, e as frases, enquanto sentia aqueles fachos luminosos sobre mim. Aos poucos, senti a temperatura baixando, uma vez que o frio estava diminuindo, até voltar ao normal.

Foram algumas horas de todo o processo. Quando senti que estava normalizando, emiti um pensamento / sentimento de agradecimento a todos aqueles seres que estavam me ajudando.

Após o processo, parecia que minha mente estava numa voltagem energética muito alta, pois percebia muita atividade. Solicitei mais uma vez ajuda, desta vez do Arcanjo Miguel, para poder voltar a harmonia e conciliar o sono.

A partir daquele momento, passei a ingerir água, várias vezes em pequenos goles. Ao olhar o relógio da parede eram 3:30hs da madrugada.

A partir dessa hora, consegui adormecer. Pude acordar sem febre e com uma sensação de fragilidade agradável, sabendo que realmente um milagre tinha acontecido.

(*) “Om Bhur Bhuvah Swaha, Tat Savitur Varenyam, Bhargo Devasya Dhimahi, Dhyo-yo Nah Prachodayat” (Ó Mãe Divina, afasta a escuridão dos nossos corações e ilumina nosso ser interno. Dá-nos um claro intelecto onde a Tua Vontade possa sempre se refletir).

(**) “Eu estou bem, eu estou bem, eu estou bem, e fico melhor a cada momento que passa”.

(***) “Faz um milagre em mim”.